No começo de um relacionamento, é bem
comum, entre uma conversa e outra, os namorados quererem saber da
história daquela pessoa com quem se relaciona. Nessa pesquisa, estarão
os interesses sobre os acontecimentos do antigo relacionamento da(o)
namorada(o) entre outras coisas. Mesmo que não seja verbalizado,
estabelecemos um pacto de fidelidade com a verdade, a fim de que nada
possa ser motivo para a desconfiança.
Contudo, no relacionamento, no qual
sempre buscamos o crescimento mútuo, pode acontecer que surjam vestígios
de uma desconfiança a respeito de alguma coisa que o nosso (a)
companheiro (a) esteja escondendo e que deveria ser compartilhado.
Dos “segredinhos” de crianças a outros de adultos, todos têm algo em comum: o temor de serem descobertos! Na maioria das vezes, as pessoas acham que têm o controle sobre aquilo que ocultam.
Dos “segredinhos” de crianças a outros de adultos, todos têm algo em comum: o temor de serem descobertos! Na maioria das vezes, as pessoas acham que têm o controle sobre aquilo que ocultam.
Muitas coisas poderiam ser os motivos de
alguém se envolver numa realidade paralela, contrária àquela que se vive
dentro do seu próprio relacionamento. Desde uma história do passado até
algumas atitudes que poderiam ser considerada como um desvio de
conduta.
Há quem viva preso aos vícios, outros às
suas tendências ou às suas fragilidades humanas. Outras pessoas poderiam
querer ocultar aqueles atos que violariam o pacto de fidelidade firmado
na verdade entre os casais, mas, de maneira geral, a pessoa que traz o
segredo acredita que poderá reverter a situação na qual se envolveu. Na
tentativa de proteger quem se ama com coisas, as quais considera
desnecessárias, a pessoa traz consigo os incômodos daquilo que guarda
secretamente no coração.
Por outro lado, o outro sob a suspeita
que algo esteja sendo omitido, sente-se no direito de saber da realidade
que envolve os motivos de alguém guardar somente para si a verdade de
seus segredos. Nessa ocasião, certamente a tensão entre eles poderá se
tornar intensa, pois aquele que traz o segredo poderá se sentir temeroso
pelas consequências que se desencadeará com a revelação da verdade.
Se os fatos são comprometedores ou não, pode ter chegado o momento
que vai exigir a abertura dos velhos baús, e aquilo que era protegido
de tudo e de todos vem à tona. Independentemente da gravidade da
situação, o estresse da conversa facilmente poderá confundir nossas
atitudes sobre o que devemos fazer de posse da verdade. Diante dos
argumentos e da situação gerada, culpas e acusações são trocadas.
Certamente, o cônjuge indagará sobre os
motivos pelos quais ele/ela não contou sobre o que estava acontecendo. O
sentimento de traição faz com que muitos casais acabem acreditando que
já é tarde demais para convencer o outro a assumir um novo
posicionamento ou em outros casos, de viver a retomada do relacionamento
na mesma confiança.
Sem minimizar os efeitos negativos
causados pela situação, precisamos decidir sobre a nossa nova postura
diante do ocorrido. Entendemos que a pessoa que tem maiores condições de
ajudar é aquela que está ao nosso lado. Talvez, o primeiro passo para
superar as dores e os problemas causados pela revelação da verdade é
permitir que o cônjuge resolva aquilo que, por muito tempo, estava
tentando fazer por si, no compromisso de desvincilhar-se das cadeias dos
segredos.
A confiança poderá ser restaurada se
ambos, agora, sob a luz da verdade e do conhecimento sobre os motivos
que levaram a pessoa a enveredar por seus caminhos secretos, assumirem
uma nova atitude capaz de extirpar aquilo que divide o essencial dos
nossos relacionamentos.
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