segunda-feira, 20 de agosto de 2012
Geladinho: seus mil nomes e sabores
Depois de acarajés,
me bateu uma vontade irresistível de falar em geladinhos. Sim, se estou
falando apenas com soteropolitanos, todo mundo entende o que é
geladinho. Agora, pelo Brasil afora, é preciso traduzir. Geladinho é
aquela iguaria, espécie de picolé ou sorvete, preparada em sacos
plásticos que, por isso mesmo, se chama 'sacolé' (saco + picolé) no Rio
de Janeiro e 'sacolete' (saco + sorvete) no interior de São Paulo. E já
que comecei por essa via onomástica, é bom esclarecer que, em relação ao
interior paulista, geladinho se chama sacolete em Tremembé, mas em
Marília se chama 'gelinho' e em Olímpia é geladinho mesmo. Aliás, os
nomes são muitos: segundo meu primo Oscar, em Jaguaquara (BA) é 'apolo'.
E segundo Hevellyn Corrêa, é 'chopp' em Belém do Grão Pará. País
continental com calor universal e geladeiras com IPI reduzido só pode
dar nessas deliciosas variantes linguísticas. Em São João del-Rei (MG)
do meu amigo Felipe José se chama 'chupe-chupe' e segundo Aurivone Matos
o pessoal de Campo Formoso (BA) conhece geladinho por 'pic-nic'. No
Ceará é 'dindim'. Mas será em todo o Ceará? O que será que será no
Oiapoque? Quem souber dê um toque. Os nomes são muitos: juju, dudu,
brasinha, etc. Falta é um Vivaldo da Costa Lima pra fazer uma análise
nessa hora.
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vai se fuder
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